Após pedido da defesa para realização de cirurgias, Moraes determina perícia sobre quadro de saúde de Bolsonaro
11/12/2025
(Foto: Reprodução) O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe por uma perícia médica para avaliação do quadro de saúde.
O procedimento, a ser feito por médicos da Polícia Federal, deverá ser realizado no prazo de 15 dias.
"Determino a realização de perícia médica oficial, pela Polícia Federal, no prazo de 15 (quinze) dias, para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica apontada pela defesa", diz a decisão de Moraes.
O ex-presidente cumpre desde 25 de novembro uma pena de 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista. Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília.
A decisão vem após pedido da defesa de Bolsonaro para que ele seja autorizado a passar por uma cirurgia.
No mesmo pedido, os advogados pedem que o ex-presidente seja transferido para prisão domiciliar humanitária. (veja mais abaixo)
"Diante de todo o exposto, das provas médicas acostadas e da excepcional gravidade do quadro clínico apresentado, requer a Vossa Excelência: Autorização e remoção do Peticionário ao hospital DF Star, a fim de que possa ser submetido às intervenções cirúrgicas indicadas pelos médicos responsáveis pelo seu tratamento, bem como sua permanência no hospital pelo tempo necessário", escreveram os advogados.
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Segundo os advogados, os médicos estimam que as cirurgias a que Jair Bolsonaro deve submetido demandam "imediata internação hospitalar, de 5 a 7 dias".
Em relatório médico entregue ao STF, a defesa afirma que o ex-presidente tem se queixado de dores e desconforto na região inguinal, potencializados pelo aumento de pressão abdominal intermitente, causada pelas crises de soluços. Assim torna-se necessário o tratamento cirúrgico sob anestesia geral”.
Pedido de prisão domiciliar
No mesmo documento, os advogados pediram a Moraes que Bolsonaro seja enviado para prisão domiciliar humanitária, "em consonância com a jurisprudência firmada desta Suprema Corte e com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, do direito à saúde e da proteção integral ao idoso".
A defesa do ex-presidente sugeriu que fosse adotado monitoramento eletrônico e "demais condições" que Moraes achasse necessárias.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso de forma preventiva neste sábado (22)
Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Bolsonaro ficou em prisão domiciliar entre 4 de agosto e 22 de novembro. Inicialmente, o ministro determinou a prisão domiciliar afirmando que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
No último dia 22, Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou a prisão preventiva de Bolsonaro após o ex-presidente tentar violar a tornozeleira eletrônica que utilizava em casa. Moraes entendeu que havia risco de fuga do ex-presidente. Bolsonaro foi preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanece desde então.